domingo, 15 de março de 2009

Luz ainda escurecida

Começo de março, além de tocar a bola na Copa do Brasil, volta o Campeonato Carioca.
Com um time aparentemente mais calmo e consciente, diria até treinado (raras vezes, digo isso), o Mengão enfrentou o Cabofriense num jogo que nem vou perder tempo falando. Ganhou por 3 x 1 e seguiu seu caminho.
Já o 2o combate foi contra o Duque de Caxias. Esse foi um jogo que acho que mereceu uma leve atenção. Não o jogo em si, mas o que aconteceu nele.
O time jogou bem, fez o que tinha que fazer até o início do 2o tempo. Léo Moura e Juan ganharam seu destaque. Teve até aquela expectativa de gol do Bruno, mas a escolha foi certa e aquela bola era para o Juan.
Mas bastou passar os 15 do 2o tempo, o time se acomodou um pouco. Talvez, a palavra nem seja se acomodar. São aqueles tipos de comportamento que a gente nem sabe descrever.
Ganhamos? Ganhamos. Ganhamos bem. Mas isso não basta.
Fazer faltas desnecessárias como as do Ibson, que levou até cartão vermelho, não podem se repetir. Foi um festival de cartões amarelos: Wellinton, Fábio Luciano, Toró, Zé Roberto. Isso atrapalha a visão de jogo.
Cuca não teve como mexer. Colocou o Paulo Sérgio, um jogador promissor, mas que ficou perdido no jogo. Toró entrou, foi bom, mas num jogo com um juiz que não sabe nem quantos cartões amarelos distribuiu e para quem, talvez não fosse bom arriscar (mesmo eu não entendendo até hoje porque o Toró não é titular). Com a expulsão do Ibson, o time ficou perdido e o Maxi voltou para o banco.
Com isso, o Duque fez dois gols. E ganhamos. Não do jeito que imaginávamos, mesmo sendo bom.
Um jogo de ironias. O time que ganhava facilmente escorregou de leve, um juiz que não teve completo controle de seus cartões, um jogador que sofreu um pênalti, mas que antes deveria ter sido expulso devido à confusão de cartões do juiz.
Aquelas coisas que você pensa "Meu deus, só acontece com o meu time.".
Tudo bem até aí.
Quando pensávamos no próximo jogo, o dia chega e o Flamengo empata.
Com o lanterninha.
O tigre mostrou as suas pequenas garras (não tão afiadas, mas bastou) e a gente apenas empatou.
Uma jogada ótima que resultou num pênalti, que arrancou um "Meu deus!" horrorizado meu, de absurdo quando o Léo Moura perdeu a oportunidade de abrir o placar aos 6 min do 1o tempo. A partir daí, o Bruno falhou, o time demorou a acordar para os erros e a pressão aconteceu mais no final. Mas já era tarde demais.
Depois do jogo, e até agora, só se viu lamentações sobre as falhas do time. Falha não se lamenta, se supera, se impede que aconteça de novo. O time tem que entender isso.
A disputa pela Taça Rio está no começo, mas não se poder perder tempo nem oportunidades.
A luz que reflete na Taça está ali, bem à vista de todos. Mas querer alcançá-la de qualquer jeito só vai torná-la fosca e ilusória.

2 comentários:

Blu disse...

Muito bom.

De fato houve uma decadência no futebol do Flamengo - se é que já existiu futebol esse ano.

O único teste de fogo mesmo, contra o Botafogo, empatamos. Aquela partida contra o Resende foi tão atípica que nem levo como parâmetro de nada.

O Cuca tem que dar um jeito nisso. Se você for lembrar do Botafogo que ele dirigiu nos últimos 2 anos, as características são as mesmas.

Passou dos 25-30 do segundo tempo, a equipe se perde. Não tem mais tática. Só passam a existir o cansaço e os salários atrasados.

Leandro Montianele disse...

O time do Flamengo pareceu sonolento em campo contra o Tigres.Falta vontade, garra, brilho, nessa equipe Rubro-Negra. A impressão que tenho é a de que eles não estão honrando a história da camisa que estão vestindo. Mesmo com o salário atrasado não se pode fazer corpo mole vestindo o manto sagrado.

MENGÃO SEMPRE!!